São Tomé - ONG Marapa - Junho 2014



A primeira semana em São Tomé foi de uma intensidade louca, com entrevistas e visitas a ONG’s, umas atrás das outras.
Tornei o Pico Mocambo o meu "Cheers Bar", não só por ter internet mas também por me fazer sentir em casa. 



O Gudi (dono do bar) é um homem muito inteligente e sensível e não raras vezes tive o privilégio de poder conversar com ele sobre diversas questões relativas ao país.
O facto de ter a oportunidade de pesquisar o trabalho desenvolvido pelas organizações, levou-me a mergulhar diretamente nas problemáticas locais.
Talvez por isso mesmo foi também fundamental  sair da cidade e conhecer um pouco mais da ilha de São Tomé. Sentir e compreender porque é que, apesar de todas as adversidades, este país foi sonhado pela escritora e poetisa sãotomense Alda do Espírito Santo, como podendo tornar-se um Jardim do Eden.


Do que vi, a vegetação é exuberante e muda consoante a área que se visita. Aqui tanto podemos estar em mangais, como de repente estamos entre cacaueiros, cafeeiros, bananeiras e coqueiros - espécies cultivadas, ou grande árvores, arbustos, lianas e diferentes fetos. A sul da cidade de S. Tomé o território tem um verde mais frondoso, e o clima também é mais fresco, para mim sem dúvida a parte mais deslumbrante da ilha.


Em S. Tomé não se vêem gaivotas. Em vez delas, somos sobrevoados com frequência por milhafres, que pairam majestosamente. Mas há mais! Para quem gosta de aves, existem muitas endémicas daquelas ilhas que vale a pena pesquisar, como o pombo do Príncipe, ou o papa-figos de S. Tomé.
Outra coisa extraordinária é que existem 7 espécies de tartarugas no mundo, 5 passam pelas águas de S. Tomé e 4 desovam nas suas praias.
Caso tenham a oportunidade de aqui vir, e se estiverem interessados em questões ambientais e programas de ecoturismo, recomendo vivamente a visita à Marapa.
Esta organização tem por missão a proteção dos habitats e ecossistemas marinhos e costeiros do território, a co-gestão dos recursos associados à pesca sustentável e o apoio aos atores da fileira da pesca.
Para além de se poder ficar a perceber melhor a realidade local, podem apoiar estas ações aderindo aos programas de observação de tartarugas ou de cetáceos.
Eu fui conhecer um projeto na praia de Jalé de proteção das tartarugas, muito interessante.

As baleias também podem ser observadas em determinados meses e os golfinhos, de várias espécies, todo o ano. A ir!

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